domingo, 26 de dezembro de 2010

Amanheceu

...A primavera não chegou dessa vez
Um silêncio que nada preenche
O caminho que não é mais feito
A volta pra casa que não acontece...

Na esperança de rever-te
Em meio uma realidade desesperadora
Houve um pacto rompido
...o relógio aponta meio dia
                        E você ainda não voltou

Outrora  ouvia sua voz, em falas alegres
Havia um sorriso de plástico em seus olhos
Que dizia com agonia estou sangrando, estou partindo
Por Deus!!
                      O ponteiro enlouqueceu, ou esta tarde novamente?

A noite caiu, e minhas lágrimas também...
O sono vem...
                     E finalmente você voltou


...pelo menos até o dia amanhecer.


domingo, 19 de dezembro de 2010

Um ano...


Um ano se passou...
Me encontro com marcas que parecem cicatrizes
Elas sangram conforme minhas lágrimas caem
E se reabrem quando vem a dor da saudade

Vivendo entre amigos, amores...
Chegadas, partidas
Mas sempre espero vc de volta em nossa casa
Nosso lar, era um sinônimo de segurança

Sua voz parece estar mais distante
Parece que não o ouço a tempos...
Não tenho sua segurança, seu conforto
Mas o sinto todas as vezes que volto pra casa

...e não o encontro

Tudo voltou com sua partida
E você já não pode dizer
- Vai ficar tudo bem
Tio, sinto saudades

Dos livros que me emprestava
Das palavras doces de afeto
Do singelo Olá, de todas as manhãs
Da tua presença... eu só queria sentir-la

Fica em paz meu tio amado
Porque te amo, e isso não mudará
Fica em paz, meu tio querido
Porque a cada dia estamos mais próximos
Vai em paz, e eu fico com a dor.

domingo, 21 de novembro de 2010

Codinome Humano

Do céu caíram anjos
Eles já não serviam
Humanos sem perfeição
Demônios escondiam

A quem culpar pelos erros?
Quando a e verdade é absurda
Quando a compaixão não é merecida
E já não há a quem pedir ajuda

Sem poder reconhecer-me
Fitei minha fotografia
Imaginando ser um Deus
Pateticamente me perdia

È preciso aceitar-me
Com sabedoria e afeição
Os demônios que fiquem de lado
Deus, eu não quero nem seu perdão

Por mais que pareça pecado
Não segurarei na sua mão
Sou errante pela vida
Sou viajante deste mundo

Entre erros e acertos
É onde aprendo, onde evoluo
Se eu corto minhas algemas
E dou um salto absurdo

Entre a terra e o céu
Vide o palco onde atuo
Me aceito, me respeito
Me amo, me cuido

Deus que me perdoe,
Mas,
... o resto esta em segundo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Veda

Eu carne, ossos e sangue.
Na mão do carrasco domador
Do dono da minh’alma
...és o meu amo e senhor.

Fome, frio sede.
Cortem-me ate sangrar
Tantos Deuses a se escolher
E nenhum para me ajudar

Eles brincam com humanos
E os fazem escolher
O caminho dos espinhos
...ou olhos vedados ate morrer

Raça humana ...
Raça sórdida
Raça alienada

Entre a faca e o furacão
O que queres escolher?

Muros



Depois de muito tempo
Percebi a diferença
Entre o ser e o não ser
Eu e o mundo...


Ora, pra que temer os pensamentos
Eles são brilhantes como estrelas
São rápidos como a velocidade da luz
São alvos como a neve e tão imundos

Somos cheios de vaidade
Em ser o mais belo e bondoso
Mas quando no espelho vê seu rosto
E sente o desgosto, de um futuro que não veio


Ao seu lado tem um cara
Senhorzinho de bengala
Velho e inútil
Fedendo e imundo


Lá vai seu ego lhe falar
Neste estado não hei de ficar
Mas amanha é um dia novo
E no novo não há controle


Ou por dentro sente pena
Mas nada vai fazer
Humano impotente
Se torna tão descrente


Se condena pela arrogância
E também a ignorância
De ter nojo do velho senhor
Sentado na escadaria


Alma errônea, fria
Quebra a cara nesta vida
Se não sentisse isso tudo
Jamais evoluiria





Um Fim


Mais uma vez o trem passou
Clamar por Deus já não ajuda
Houve um ultimo suspiro
E seus olhos se fecharam


Havia dor em seu corpo
Doía ainda mais a sua alma
O sofrimento do seu rosto
Só pedia paz, pedia calma


Será que há paz no vale?
Será que depois disso não há nada?


Ela sentiu um cheiro de rosas
E olhou seus amores pela ultima vez
Sabia que era a hora de ir...


...e partiu.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cidade


Amanheceu
E eu parado em meio a multidão
Barulho,o mal cheiro da poluição

Uns correm, outros nem sabem onde estão
O frio ameaça os que moram na rua
Um velho senhor teme a morte
Ele suplica a Deus um pouco de sorte...

Velho, sem renda, sem nada...
Apenas uma historia de vida
Ele viajara pelos cantos desse mundo afora
Mas agora que importa? Ele sequer tem memória

Anoiteceu, e barulho também diminuiu
E na noite passada
Aquele velho senhor morreu de frio

Eu continuo aqui parado
E você também
Porque para nós
Aquele velho não é ninguém.