sábado, 20 de novembro de 2010

Muros



Depois de muito tempo
Percebi a diferença
Entre o ser e o não ser
Eu e o mundo...


Ora, pra que temer os pensamentos
Eles são brilhantes como estrelas
São rápidos como a velocidade da luz
São alvos como a neve e tão imundos

Somos cheios de vaidade
Em ser o mais belo e bondoso
Mas quando no espelho vê seu rosto
E sente o desgosto, de um futuro que não veio


Ao seu lado tem um cara
Senhorzinho de bengala
Velho e inútil
Fedendo e imundo


Lá vai seu ego lhe falar
Neste estado não hei de ficar
Mas amanha é um dia novo
E no novo não há controle


Ou por dentro sente pena
Mas nada vai fazer
Humano impotente
Se torna tão descrente


Se condena pela arrogância
E também a ignorância
De ter nojo do velho senhor
Sentado na escadaria


Alma errônea, fria
Quebra a cara nesta vida
Se não sentisse isso tudo
Jamais evoluiria





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