domingo, 21 de novembro de 2010

Codinome Humano

Do céu caíram anjos
Eles já não serviam
Humanos sem perfeição
Demônios escondiam

A quem culpar pelos erros?
Quando a e verdade é absurda
Quando a compaixão não é merecida
E já não há a quem pedir ajuda

Sem poder reconhecer-me
Fitei minha fotografia
Imaginando ser um Deus
Pateticamente me perdia

È preciso aceitar-me
Com sabedoria e afeição
Os demônios que fiquem de lado
Deus, eu não quero nem seu perdão

Por mais que pareça pecado
Não segurarei na sua mão
Sou errante pela vida
Sou viajante deste mundo

Entre erros e acertos
É onde aprendo, onde evoluo
Se eu corto minhas algemas
E dou um salto absurdo

Entre a terra e o céu
Vide o palco onde atuo
Me aceito, me respeito
Me amo, me cuido

Deus que me perdoe,
Mas,
... o resto esta em segundo.

sábado, 20 de novembro de 2010

Veda

Eu carne, ossos e sangue.
Na mão do carrasco domador
Do dono da minh’alma
...és o meu amo e senhor.

Fome, frio sede.
Cortem-me ate sangrar
Tantos Deuses a se escolher
E nenhum para me ajudar

Eles brincam com humanos
E os fazem escolher
O caminho dos espinhos
...ou olhos vedados ate morrer

Raça humana ...
Raça sórdida
Raça alienada

Entre a faca e o furacão
O que queres escolher?

Muros



Depois de muito tempo
Percebi a diferença
Entre o ser e o não ser
Eu e o mundo...


Ora, pra que temer os pensamentos
Eles são brilhantes como estrelas
São rápidos como a velocidade da luz
São alvos como a neve e tão imundos

Somos cheios de vaidade
Em ser o mais belo e bondoso
Mas quando no espelho vê seu rosto
E sente o desgosto, de um futuro que não veio


Ao seu lado tem um cara
Senhorzinho de bengala
Velho e inútil
Fedendo e imundo


Lá vai seu ego lhe falar
Neste estado não hei de ficar
Mas amanha é um dia novo
E no novo não há controle


Ou por dentro sente pena
Mas nada vai fazer
Humano impotente
Se torna tão descrente


Se condena pela arrogância
E também a ignorância
De ter nojo do velho senhor
Sentado na escadaria


Alma errônea, fria
Quebra a cara nesta vida
Se não sentisse isso tudo
Jamais evoluiria





Um Fim


Mais uma vez o trem passou
Clamar por Deus já não ajuda
Houve um ultimo suspiro
E seus olhos se fecharam


Havia dor em seu corpo
Doía ainda mais a sua alma
O sofrimento do seu rosto
Só pedia paz, pedia calma


Será que há paz no vale?
Será que depois disso não há nada?


Ela sentiu um cheiro de rosas
E olhou seus amores pela ultima vez
Sabia que era a hora de ir...


...e partiu.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cidade


Amanheceu
E eu parado em meio a multidão
Barulho,o mal cheiro da poluição

Uns correm, outros nem sabem onde estão
O frio ameaça os que moram na rua
Um velho senhor teme a morte
Ele suplica a Deus um pouco de sorte...

Velho, sem renda, sem nada...
Apenas uma historia de vida
Ele viajara pelos cantos desse mundo afora
Mas agora que importa? Ele sequer tem memória

Anoiteceu, e barulho também diminuiu
E na noite passada
Aquele velho senhor morreu de frio

Eu continuo aqui parado
E você também
Porque para nós
Aquele velho não é ninguém.